Os principais mercados asiáticos de ações não seguiram a tendência altista de Wall Street nesta terça-feira (24). Ao contrário, as bolsas da região registraram quedas expressivas, movidas por fatores internos e pela realização de lucros. Na Europa, os pregões também abriram fracos, com ações bancárias retrocedendo.
Este foi o caso da bolsa de Hong Kong, onde as preocupações de que Pequim irá apertar a política monetária derrubaram as ações dos bancos de crédito chineses. O índice Hang Seng caiu 348,25 pontos, ou 1,5%, e terminou aos 22.423,14 pontos - no dia anterior, houve rali de 1,4%. China Construction Bank baixou 3,4%, Bank of China desabou 4% e Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) recuou 1,7%.
As bolsas da China tiveram fortes baixas. As preocupações de um aperto na política monetária levaram a uma pesada realização de lucros. O índice Xangai Composto caiu 3,5% e encerrou aos 3.223,53 pontos, após acumular ganhos de 11,4% no mês - foi a maior queda diária do índice desde 31 de agosto, quando a bolsa baixou 6,7%.
O Shenzhen Composto perdeu 4,3% e terminou aos 1.175,08 pontos. Os fabricantes de medicamentos estiveram entre os maiores declínios do dia, por causa da reforma do sistema de saúde chinês que deverá baratear os preços dos remédios. Shanghai Fosun Pharmaceutical caiu 6,6% e Shinva Medical Instrument desabou 6%. A desvalorização do dólar frente às principais moedas internacionais levou o yuan a apresentar alta sobre a moeda norte-americana. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,8294 yuans, abaixo do fechamento de segunda-feira, que foi de 6,8301 yuans. Já a bolsa de Taipé, em Taiwan, voltou a apresentar ligeira alta. O índice Taiwan Weighted subiu 0,4% e encerrou aos 7.714,56 pontos, embora tenha havido realização de lucros em papéis de fabricantes de chips. Destaque para os setores de alimentos, com Uni-President em elevação de 1,8%, e de plásticos, com Formosa Plastics avançando 1,7%.
A bolsa de valores de Seul, na Coreia do Sul, foi arrastada para baixo pelas realizações de lucros com ações de bancos e pelas preocupações com o câmbio, que derrubaram os papéis do setor de tecnologia. O índice Kospi caiu 0,8% e fechou aos 1.606,42 pontos. KB Financial Group baixou 0,6% e Hana Financial Holdings cedeu 2,9%. Entre as tecnológicas, Samsung Electronics caiu 2,2% e Hynix Semiconductor perdeu 2,4%, enquanto LG Electronics recuou 1,9%.
A bolsa de Sydney, na Austrália, fechou com o índice S&P/ASX 200 em queda de 0,7%, terminando aos 4.685,0 pontos. Os traders reagiram negativamente à notícia da oferta de US$ 22 bilhões em ações do Lloyds, temendo que ela provoque vendas de papéis por parte dos investidores que venham a participar da emissão do banco britânico. No setor de mineração, BHP Billiton caiu 0,6% e Rio Tinto perdeu 2,6%. O índice PSE da bolsa de Manila, nas Filipinas, avançou 0,9% e encerrou aos 3.075,72 pontos.
A bolsa de Cingapura teve baixa em linha com os demais mercados asiáticos, pressionada por realizações de lucro e pelas quedas nas ações chinesas. O índice Straits Times cedeu 0,6% e fechou aos 2.779,98 pontos. O índice composto da bolsa de Jacarta, na Indonésia, fechou em baixa liderado por vendas do Bakrie & Brothers e de suas units, em meio a preocupações com o aumento dos índices de endividamento do grupo depois de recentes lançamentos de bônus. O índice caiu 0,4% e fechou aos 2.471,88 pontos.
O índice SET da bolsa de Bangcoc caiu 2,1% e fechou aos 676,22 pontos, com uma onda de vendas por parte de investidores estrangeiros em meio a quedas nos mercados regionais. O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur subiu 0,1% e fechou aos 1.272,09 pontos, com procuras por ofertas no meio da sessão. As informações são da Dow Jones.
Fonte:Jornal Comércial
terça-feira, 24 de novembro de 2009
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