Depois de ter atingido suas maiores altas multimensais frente aos adversários europeus no final da semana passada, o dólar inverteu seu curso no início da semana corrente.
A razão principal da apreciação tão considerável do americano foi sem dúvida a preocupação relativa ao déficit orçamental grego. Pois a tensão se reduzia a medida que iam sendo divulgados os dados fundamentais tanto na Europa, como nos EUA, a tranqüilidade ficou cada vez mais acentuada. Mesmo a instabilidade pré-eleitoral na Grã-Bretanha, onde os Conservadores têm uma boa oportunidade de substituir os Laboristas (partido em poder), não obstaculizou o reforço das divisas européias.
Na quarta-feira, no contexto da aprovação do plano grego pela Comissão Européia, o o euro cotava a mais de 1,40, a libra oscilava perto de 1,6050. Portanto o otimismo dos investidores não se durou muito: o índice PMI para o setor dos serviços britânico revelou apenas 53,5 em vez de 56,5 esperados. Assim foi iniciada a desvalorização dos adversários do americano, onde a libra caiu para 1,59, o euro desceu abaixo de 1,39, o dólar/iene subiu quase 100 pontos até 91,00, o USD/CHF saltou do 1,0500 e registrou o máximo de dia 1,0599.
Convém mencionar que as posições do dólar australiano e do neozelandês também foram afetadas. As taxas de juros na Austrália contra todas as expectativas não foram elevadas e se mantiveram ao mesmo nível de 3,75%. Como resultado o AUD perdeu bruscamente 1 centavo, caindo para 0,8800. Na Nova Zelândia surgiram dificuldades no setor de emprego: a taxa de desemprego em vez de cair (como foi esperado) para 6,5%, cresceu até 7,3%. Assim, o NZD passou a custar menos de 70 centavos pela primeira vez desde o setembro do ano anterior.
No final da semana o dólar ficou ainda mais forte, uma vez que a queda das cotações nas bolsas asiáticas seguida pelo declínio nas praças da Europa e mais tarde dos EUA provocou a aversão quase completa por risco, causando as vendas maciças dos ativos de alta rentabilidade, inclusive as moedas com a taxa de juros relativamente alta. Como sempre serviram de refúgio seguro o dólar e o iene. Assim, quanto às notícias, as taxas de juros da zona européia e inglesa mantiveram-se inalteradas, enquanto a situação na zona Euro se tornou ainda mais grave: além das dificuldades gregas, os economistas da UE agora tem que “quebrar sua cabeça” sobre os problemas de Portugal. Pois o release otimista da inflação dos preços do produtor da Grã-Bretanha e da Massa Salarial Não Agrícola dos EUA já não mudaram nada: o americano continuava apreciando sem parar apesar dos dados econômicos mistos. Os preços do produtor na Inglaterra cresceram mais que o esperado, enquanto a taxa de desemprego americana subitamente diminuiu e marcou 9,7% em janeiro frente ao prognóstico de 10%.
Pois, no final da sessão o euro cotou a um pouco mais alto de 1,3700 (mínimo 1,3584), quase 2 centavos mais baixo do que na sexta passada. A libra esterlina caiu uns 350 pontos, descendo para 1,5600. O USD/CHF finalmente se fixou acima da figura de 1,07 e quase tocou 1,08. O dólar/iene após ter atingido o mínimo semanal de 88,53 (quinta-feira), terminou cotado a 89,37. Os pares cruzados de iene caíram uns 300-500 pontos.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Resumo analítico para a semana de 1 a 5 de fevereiro
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