quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Dólar perde 3% em dois dias e fecha em R$ 1,83

 

Após a escalada de janeiro, o dólar tem perdido fôlego neste começo de mês. A depreciação de 1,67% de ontem levou a cotação da moeda a R$ 1,83. Em dois dias, o dólar perdeu 2,92% de seu valor diante do real.
Para o mercado acionário, o dia foi de recuperação. O índice Ibovespa, o mais importante da Bolsa brasileira, foi a 67.163 pontos, embalado por uma valorização de 0,89%.

No cenário internacional, o que se viu também foram as Bolsas em alta e o dólar em queda. O maior apetite a risco recebeu um empurrão das expectativas de que a Grécia vai conseguir que a União Europeia aprove seu plano fiscal amanhã. As dificuldades financeiras enfrentadas pela Grécia estão nos holofotes do mercado ao menos desde dezembro passado.
POSITIVO
O crescimento no índice de vendas pendentes de imóveis residenciais nos EUA em dezembro agradou e favoreceu o desempenho positivo dos mercados. O índice acionário americano Dow Jones subiu 1,09%.
A Bolsa de Londres terminou com elevação de 0,68%. Em Frankfurt, os ganhos do mercado de ações foram de 0,98%.
A apreciação do petróleo e das commodities metálicas serviu de estímulo para a alta das ações, tanto na Europa quanto no mercado local.
O barril de petróleo registrou elevada valorização de 3,76% em Nova York e terminou cotado a US$ 77,23.
Na BM&FBovespa, quem seguiu de perto a oscilação do petróleo foram as ações da OGX, que subiram 3,46%. Para Petrobras, o dia foi fraco - sua ação PN recuou 0,58%.
Entre mineradoras e siderúrgicas, a gigante Vale não empolgou e terminou com leve alta 0,13%. Já MMX Mineração foi destaque no segmento, com apreciação de 5,10%, sendo a terceira ação do Ibovespa que mais subiu no pregão.
Acima da MMX, apareceram os papéis Rossi Residencial ON, com ganho de 7,77%, e Gol PN, que teve alta de 7,59%.
CAUTELA
Todavia, a melhora dos últimos dias ainda deve ser encarada com certa cautela. Ninguém pode afirmar que o dólar seguirá para baixo, e a Bolsa de Valores, em recuperação, segundo João Medeiros, diretor da corretora Pioneer.
“No caso do câmbio, fica difícil prever em quanto estará a cotação do dólar no fim do mês. Além das incertezas externas, o BC tem adquirido moeda tanto nos dias de baixa quanto nos de alta. O câmbio pode ser oficialmente flutuante, mas o BC não tem se ausentado do mercado nem nos dias tranquilos, o que acaba por ter efeito sobre as cotações”, diz Medeiros.
Na pesquisa semanal feita pelo BC com os bancos, divulgada anteontem, a previsão dos analistas para o dólar no fim do ano é de R$ 1,76 - um pouco abaixo do atual patamar.

Fonte: Folha

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