O aumento progressivo das taxas Euribor é inevitável para os economistas ouvidos pela Lusa, mas a subida deverá ser ligeira e apenas deverá começar em meados deste ano, devido à fragilidade da conjuntura económica.
"É natural que haja alguma subida nas taxas Euribor, mas um ponto positivo é que não devemos esperar uma subida significativa", antecipa Carlos Andrade, economista-chefe do Banco Espírito Santo (BES).
O Banco Central Europeu (BCE) e a Reserva Federal (Fed) dos EUA não têm grande espaço de manobra para subirem as taxas devido às incertezas sobre a evolução da economia, apontou, antevendo que sejam "muito pacientes". "Não vejo que na primeira metade do ano possam subir as taxas directoras", considerou.
Teresa Gil Pinheiro, economista do BPI, concorda que a tendência "será de uma subida gradual", a partir do "final do segundo trimestre". "Estimamos que as taxas directoras do BCE terminem 2010 nos 1,5%, mais 0,5% do que actualmente", disse à Lusa.
Já João Fernandes, economista da Associação de Defesa dos Consumidores (DECO), disse que a evolução "estará sempre dependente da conjuntura", mas prevê que "2010 seja um ano difícil", sem margem para aumentar os custos com o crédito.
Para Ana Paula Carvalho, economista do BPI, "possivelmente, o desemprego tenderá a aumentar em 2010" e a "exceder a fasquia de 10%", mas a evolução será muito influenciada pela situação dos países que são nossos parceiros comerciais.
Fonte: Jornal de Noticias
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