O presidente do BCE (Banco Central Europeu), Jean-Claude Trichet, disse na sexta-feira que, apesar das dificuldades da Grécia e outros países da Zona Euro, nenhum deles receberá tratamento especial.
“Nenhum governo pode esperar do BCE um tratamento especial. Nós temos os nossos princípios e aplicamo-los”, declarou Trichet após a reunião realizada em Frankfurt, na qual a instituição decidiu manter sua taxa de juros em um por cento ao ano.
Questionado sobre se a gravidade da situação na Grécia poderá resultar na saída desse país da Zona Euro, o banqueiro francês respondeu: “Não comento hipóteses absurdas”.
Acrescentou que, apesar da recuperação que algumas economias começam a apresentar, “há muito trabalho a fazer” e por isso o BCE insiste nas reformas, na redução do défice, em políticas orçamentais e fiscais correctas. Os problemas que a Grécia e outros países da Zona Euro estão a enfrentar, entre os quais só citou a Irlanda, indicam que esses países não fizeram ou fazem devidamente seu trabalho, comentou. “O problema não é a ajuda do BCE. O problema é tomar as decisões correctas e aplicá-las. Fazer o trabalho”, destacou.
“Para o BCE, o que conta é que administramos uma moeda comum para 330 milhões de pessoas em 16 países diferentes”, destacou.
Quanto à política de juros, Trichet afirmou que a decisão de mantê-los inalterados em um por cento foi adoptada por unanimidade, motivada pela opinião colectiva de que esse nível é o “apropriado” para impulsionar a recuperação económica e assegurar a estabilidade de preços na Zona do Euro.
O presidente do BCE evitou qualquer comentário que possa gerar indícios de como evoluirão os juros “por mais importante que isso seja para os mercados”.
Fonte: jornaldeangola
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