SÃO PAULO - O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, disse que embora os órgãos reguladores tenham espaço para melhorar sua supervisão financeira, o Congresso deve agir para fechar as brechas e a arrumar a fraqueza na estrutura do sistema regulatório e, ao fazer isso, "enfrentar o problema muito sério representado pelas firmas vistas como ''grandes demais para falir''". "Nenhuma firma, em virtude de seu tamanho e complexidade, deve-se permitir que tenha forte influência sobre o sistema financeiro, a economia ou torne o contribuinte americano um refém", disse.
Ele destacou que todas as instituições financeiras sistematicamente importantes, não apenas bancos, devem estar "sujeitas a forte e abrangente supervisão". Quando uma firma importante ao sistema estiver sob o risco de falência, o governo deve ter uma outra opção que não seja um socorro ou uma falência desordenada. "O Congresso deve criar um novo regime, análogo ao regime atualmente usado pelo FDIC (Corporação Federal de Seguro de Depósito) para os bancos falidos, que permitiria ao governo reduzir o tamanho de uma firma importante ao sistema de forma que proteja a estabilidade financeira, mas que também sem obrigue perdas sobre os acionistas e credores da firma falida, sem custo ao contribuinte", disse.
Bernanke também disse que a estrutura regulatória exige um melhor mecanismo para monitoração e para enfrentar o surgimento de riscos para o sistema financeiro como um todo. "O Federal Reserve apoia a criação de um conselho de supervisão de risco sistêmico, formado pelos principais órgãos reguladores, para identificar desenvolvimentos que possam representar riscos sistêmicos, recomende formas de enfrentá-los e coordene as respostas das agências", disse.
Enquanto isso, "as firmas financeiras devem fazer um trabalho melhor no gerenciamento do risco de seus negócios e os órgãos reguladores - incluindo o Fed - devem completar uma radical revisão de sua abordagem de supervisão, e o Congresso deve avançar para fazer as mudanças necessárias no nosso sistema de regulamentação financeira para evitar uma crise similar no futuro". "Em particular, devemos resolver o problema das ''grandes demais para falir''".
Fonte: Estadão
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
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