segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Analistas esperam que indicadores mostrem recuperação econômica nos EUA

Washington, 15 nov (EFE).- O Governo dos Estados Unidos informará nesta semana dados sobre vendas no varejo, inflação, produção industrial e construção de imóveis, diante dos quais analistas esperam sinais de recuperação econômica e uma diminuição no estímulo estatal.
Desde que a recessão começou, em dezembro de 2007, o Governo americano injetou trilhões de dólares para sustentar o sistema financeiro. Em fevereiro deste ano, o Congresso do país aprovou e o presidente dos EUA, Barack Obama, sancionou um estímulo econômico de US$ 787 bilhões.
Até setembro, US$ 340 bilhões desse estímulo já tinham sido gastos e, segundo o Governo dos EUA, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu a uma taxa anualizada de 3,5% no terceiro trimestre, o primeiro com saldo positivo em um ano.
Os dados de outubro iniciam o trimestre final de 2009 e são os primeiros desde que os EUA começaram a retirar, de maneira muito gradual, sua interferência na economia em tempos de crise, o que incluiu subsídios para a compra de casas e automóveis.
Amanhã, o Departamento de Comércio americano informará sobre as vendas no varejo em outubro. Após uma contração de 1,5% em setembro, os analistas esperam um aumento de 1% como prelúdio para a temporada de vendas de fim de ano.
Na terça-feira, o Departamento de Trabalho informará sobre o Índice de Preços ao Produtor (IPP). Um dia depois, é a vez do Índice de Preços ao Consumidor (IPC). Os dois indicadores são as duas medidas principais da inflação.
Após quase dois anos de tratamento intensivo com injeções de capital e de quase um ano de taxa de juros quase zero, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) anunciou, em sua reunião mais recente, que manterá sua política monetária generosa "por um extenso período".
Alguns economistas alertaram durante meses sobre o perigo de que uma reativação econômica nutrida por tal quantia de dinheiro barato resulte em uma inflação acelerada; daí a atenção aos indicadores de preços.
A maioria dos analistas diz crer que, após uma queda de 0,6% do IPP em setembro, em outubro, os preços que os atacadistas pagam subiram 0,5% - com a exclusão de alimentos e combustíveis, o índice avança apenas 0,1%.
Especialistas consideram que o IPC de outubro teve aumento de 0,2%, mesmo número de setembro. O núcleo do IPC, que exclui os preços de alimentos e energia, teria subido 0,1%.
Na terça-feira, o Fed informará sobre a produção industrial, setor que, segundo a maioria dos analistas, cresceu 0,4% em outubro - em setembro, o avanço foi de 0,7%.
A utilização da capacidade industrial, que em setembro foi de 70,5%, teria subido levemente para 70,7% em outubro, de acordo com os especialistas.
Na quarta-feira, o Departamento de Comércio americano divulgará o índice de construção de imóveis e permissões de construção dos mesmos. Os mercados esperam a confirmação de que o crucial setor imobiliário começou a se recuperar com a ajuda do incentivo fiscal.
O Governo Obama estabeleceu um crédito tributário de US$ 8 mil para os compradores de sua primeira casa.
O programa deveria acabar em novembro e, por isso, na prática deixou de ser usado em outubro, mas a Administração o estendeu até abril.
Os analistas calculam que, após um aumento de 0,5% em setembro, o início de construção de imóveis cresceu 0,3% e ficou em uma taxa anualizada de 600 mil unidades em outubro.
Quanto às permissões de construção, que são um indicador da atividade futura do setor, os analistas previram poucas mudanças nos dados de outubro. Em setembro, houve queda de 1,2%.


Fonte: google.news

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