sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Leva de indicadores inunda investidor externo nesta 6ª

LONDRES - Depois da bateria da quinta-feira, 14, uma nova leva de indicadores relevantes nos Estados Unidos inunda os investidores internacionais de informações sobre a retomada econômica nesta sexta-feira, 15. Com tantas novidades a considerar ao longo do dia, a ordem é caminhar devagar agora no início dos negócios.

Portanto, é cedo para as bolsas firmarem qualquer tendência e os índices das praças europeias ficam perto da estabilidade. No mercado de câmbio, o euro é alvo de rumor sobre renúncia da chanceler alemã Angela Merkel, já prontamente negado pelo governo.

A artilharia de hoje começa às 11h30 (de Brasília), com o índice de preços ao consumidor (CPI) de dezembro e o indicador de atividade Empire State, de Nova York, referente a janeiro. Às 12h15, sai a produção industrial do mês passado e, às 12h55, o sentimento do consumidor medido pela Universidade de Michigan.

Os analistas olham principalmente para o dado de inflação e reparam que, no acumulado de 12 meses, o número deve superar 2,5% - a previsão para o mês é de +0,1%. "Apesar de sabermos que isso se deve principalmente ao efeito da base de comparação, de um ponto de vista psicológico o número ainda pode trazer alguma preocupação", diz Elwin de Groot, do Rabobank.

Os dados econômicos divulgados recentemente evidenciam a lentidão da retomada econômica, o que significa manutenção dos juros perto de zero definidos pelo Federal Reserve (Fe, banco central americano). Como o interessante para os investidores é continuar usufruindo da forte liquidez criada artificialmente pelos bancos centrais, o fato é que uma recuperação econômica muito convincente poderia estragar a festa.

O economista Andy Cates, do UBS, nota que a relação entre indicadores favoráveis e o movimento dos mercados se quebrou durante o quarto trimestre de 2009. Como resultado, os ativos estão respondendo mais à expectativa sobre a política monetária.

Após um início de temporada decepcionante com a Alcoa, a Intel, maior fabricante de chips para computadores do mundo, conseguiu injetar ânimo ontem à noite ao registrar lucro de US$ 0,40 por ação no quarto trimestre de 2009, acima da projeção de US$ 0,30. Hoje, a expectativa recai sobre os números do JPMorgan, antes da abertura dos mercados.

Na Europa, mexeu com o mercado de câmbio nesta manhã o rumor de que Angela Merkel poderia renunciar. Conforme a Dow Jones, a especulação teria partido de um artigo da revista Time sob o título "Para a Alemanha de Merkel, um terrível começo de ano". O texto traz críticas sobre o estilo de liderança da chanceler alemã de dentro de seu próprio partido, além de apontar queda de sua popularidade. O governo já afirmou logo cedo que as especulações são "totalmente infundadas". A chanceler foi reeleita em setembro do ano passado.

Para o ING, como o rumor foi negado pelo governo, o euro deve se recuperar. Às 7h24 (de Brasília), a moeda europeia perdia 0,06%, para US$ 1,4410. O dólar valia 90,76 ienes, queda de 0,35%.

No mesmo horário (acima), as bolsas de Londres (+0,27%), Paris (+0,56%) e Frankfurt (+0,44%) subiam levemente. O petróleo recuava 0,52%, para US$ 78,98, no pregão eletrônico da Nymex

Fonte: estadão

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